Efeito Borboleta
Com este projecto pretendemos promover o gosto pelas Ciências, criar e desenvolver o interesse pela actividade e investigação científica; modificar atitudes nos alunos relativamente à relação entre a Escola e o meio envolvente, com isto desencadear um desenvolvimento cognitivo e sócio-afectivo adequado, com vista à formação de cidadãos conscientes e intervenientes que respeitem o meio ambiente e contribuam para a conservação dos recursos naturais.
Objectivos:
- Valorizar e proteger espécies e habitats característicos da região.
- Desenvolver consciência e respeito ambiental e cultural.
- Reconhecer nas borboletas um importante bio-indicador da qualidade do ambiente.
- Conhecer e divulgar algumas espécies de lepidópteros, de fauna e flora da região, contribuindo para monitorização da sua biodiversidade.
Caracterização da equipa:
Coordenou um Projecto Ciência Viva IV (2000/2002)
-José Manuel Diogo, Professor de Biologia
Coordenador do Projecto de Educação para a Saúde do Agrupamento
-
Coordenadora do Projecto Eco-Escolas
- Victor Alves, Professor de Educação Tecnológica
-
Coordenador do Desporto Escolar
Colaboradores
-Alunos inscritos no projecto;
-Alunos do projecto "Queridos mudamos a escola", (Construção do Jardim);
-Alunos do projecto "Borboletas de Abrantes", (Construção do Blog).
Borboletas observadas - (até ao momento)
- Borboletas observadas(até ao momento)
- PapilioMachaon - Cauda de andorinha(11);
- Gomepteryx Cleopatra - Cleopatra(2);
- Cacyreus Marshalii - Borboleta da sardinheira(2);
- Vanessa Cardui - Bela Dama(3);
- Maniola jurtina - Loba(2);
- Coenonympha Pamphilus - Nêspera(2);
- Rodhometra Sacraria - Vestal(2) (Nocturna);
- Cyclophora suppunctaria (meridiana) – 1
- Pieris brassicae (borboleta grande da couve) – 10
- Lycaena phlaeas (acobreada) – 3
- Vanessa atalanta (almirante vermelho) – 1
- Iphiclides feisthamelli(zebra) – 1
- Pararge aegeria (malhadinha) – 1
- Nocturnas - 3
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Noticias
- Dia 7 de Outubro - Iremos começar a nossa pesquisa de borboletas no recinto escolar.
- Dia 7 de Outubro - Ocorreu o primeiro encontro com todos os colaboradores do projecto. Nesse encontro foi apresentado os objectivos a atinjir e ocorreu a primeira saida para o reconhecimento das borboletas do recinto escolar, que decorreu como previsto.
- Borboletas observadas
- PapilioMachaon - Cauda de andorinha(8);
- Gomepteryx Cleopatra - Cleopatra(2);
- Cacyreus Marshalii - Borboleta da sardinheira(2);
- Vanessa Cardui - Bela Dama(2);
- Maniola jurtina - Loba(2);
- Coenonympha Pamphilus - Nêspera(2);
- Rodhometra Sacraria - Vestal(2) (Nocturna);
- Dia 14 de Outubro - Não houve saída para observações, pois ficamos pela sala a fazer pesquisa das borboletas observadas no dia anterior.
- Dia 28 de Outubro - Na passada quarta-feira, decorreu na escola uma palestra sobre borboletas e tudo acerca delas, apresentada pela técnica da lagartagis.
A palestra consistiu numa apresentação em power point sobre o efeito das borboletas no ecossistema, os seus ciclos de vida, plantas hospedeiras , e algumas curiosidades.
Durante a palestra estiveram presentes os professores coordenadores do projecto, os alunos envolvidos e os elementos dos projectos (borboletas de Abrantes) e o (Queridos mudamos a escola).
- Dia 10 de Março - O projecto "Efeito Borboleta", iniciou a construção de uma maqueta referente ao futuro borboletário escolar.
- Dia 12 de Março - No dia de hoje fizemos uma pequena saída durante a aula para tentar procurar borboletas no recinto escolar. Apesar do dia até estar bom não foi um bom dia pois só vimos uma borboleta:
- Pieris brassicae - Borboleta da couve.
Dia 12 Abril - Saída para observação de borboletas.
Início: 13h39min
Até à estrada: 14h05min
Chegada aos campos (voltando pelo pomar): 14h 20min
- Papilio machaon (cauda de andorinha) -2
- Pieris brassicae (borboleta grande da couve) - 6
- Pararge aegeria (malhadinha) - 1
- Iphiclides feisthamelli(zebra) - 1
- Vanessa atalanta (almirante vermelho) - 1
- Lycaena phlaeas (acobreada) - 2
- Cyclophora suppunctaria (meridiana) - 1
Dia 21 de Abril - Saída para observações
Início: 14h50min
Fim: 15h 20min
- Papilio machaon (cauda de andorinha) - 1
- Pieris brassicae (borboleta grande da couve) - 4
- Borboletas não identificadas - 7
Dia 28 Abril - Saída para observações
Início: 15h (Temp. 31ºC)
Chegada aos campos (voltando pelo pomar): 15h45min
- Vanessa cardui -1
- Pieris brassicae (borboleta grande da couve) - 4
- Lycaena phlaeas (acobreada) - 1
- Nocturnas - 2
Borboletas
As borboletas são insectos da ordem Lepidoptera classificados nas super-famílias Hesperioidea e Papilionoidea, que constituem o grupo informal Rhopalocera.
As borboletas têm dois pares de asas membranosas cobertas de escamas e peças bucais adaptadas a sucção. Distinguem-se das traças (mariposas) pelas antenas rectilíneas que terminam numa bola, pelos hábitos de vida diurnos, pela metamorfose que decorre dentro de uma crisálida rígida e pelo abdómen fino e alongado. Quando em repouso, as borboletas dobram as suas asas para cima.
As borboletas são importantes polinizadores de diversas espécies de plantas.
O ciclo de vida das borboletas engloba as seguintes etapas:
- ovo→ fase pré-larval
- larva→ chamada também de lagarta ou taturana,
- pupa→ que se desenvolve dentro da crisálida (ou casulo)
- imago→ fase adulta
Diversidade
Os invertebrados e em particular os insectos, constituem o grupo de maior diversidade animal em número de espécies e biomassa. Dentro deste grupo, destacam-se as borboletas (ordem Lepidoptera), que desde sempre atraíram a atenção dos biólogos, profissionais e amadores, pela variedade de cores, formas e padrões das suas asas. É um grupo sistemático relativamente bem conhecido, quando comparado com outros grupos de insectos.
De acordo com os estudos mais recentes estão descritas entre 146.000 a 165.000 espécies de borboletas espalhadas por vários tipos de habitats desde as regiões mais frias, passando pelas temperadas até à explosão da sua diversidade nas florestas tropicais. Admite-se no entanto estes números possam atingir as 500.000 espécies
Em Portugal existem 135 espécies de borboletas diurnas e mais de 2500 borboletas nocturas. Este grupo de insectos ainda se encontra pouco estudado, pelo que todos os anos se descobrem espécies novas.
As primeiras borboletas apareceram há mais de 200 milhões de anos. As espécies primitivas tinham mandibulas em vez da espirotromba, que usavam essencialmente para recolher os grãos de pólén. O aparecimento do aparelho bucal na forma de espirotromba permitiu que as borboletas se passassem a alimentar de fluidos açucarados como o nectar das plantas ou sumo de frutas maduras.
O grande “boom” da diversidade dos lepidópteros ocorreu no Cretácio, época em que apareceram as plantas com flôr e as borboletas diurnas (Ropalocera).
As borboletas estão intimamente relacionadas com as plantas. Durante a sua fase larvar, são espécies fitófagas, que se alimentam de uma pequena variedade de plantas ou de uma única espécie vegetal. Este vínculo relativamente à sua planta hospedeira faz com que a área de distribuição das borboletas seja em parte condicionada pela própria distribuição das plantas.
Tal como as abelhas, as borboletas são polinizadoras, sendo por isso fundamentais para a dispersão das plantas, cujo pólen pode ser levado a grandes distâncias nas espécies mais móveis. Por outro lado, as nutritivas lagartas e os imagos mais volumosos constituem um excelente alimento, contribuindo assim para o equilíbrio das cadeias tróficas. Os morcegos e muitas aves insectívoras teriam muita dificuldade em sobreviver se não fossem as borboletas, o seu alimento favorito.
A composição e abundância específica das borboletas de uma determinada área são um excelente indicador do habitat e do seu estado de conservação. Além disso, podem detectar aspectos mais particulares, tais como excesso de pressão exercida pelo gado, contaminantes químicos, etc, que de outra forma seriam difíceis de detectar.
Assim, o estudo das comunidades de borboletas e a sua distribuição geográfica poderá dar-nos uma medida do estado de “saúde” do habitat e ser muito útil na delimitação de áreas naturais que necessitem de medidas de protecção urgentes.
Ciclo de vida
As borboletas apresentam metamorfose completa. Quer isto dizer que à medida que se vão desenvolvendo vão ocorrendo mudanças na forma e na estrutura do corpo.
O ciclo de vida das borboletas ocorre ao longo de 4 fases: ovo, lagarta, crisálida e adulto. Quanto à sua duração varia de espécie para espécie. Por exemplo, a borboleta Monarca apresenta multiplas gerações ao longo do ano, completando o seu ciclo de vida em menos de um mês. Já a borboletas Carnaval pode passar mais de um ano na forma de crisálida, emergindo apenas no ano seguinte caso as condições ambientais sejam favoráveis. Um outro exemplo curioso é o da borboleta do Medronheiro, que passa os longos e frios meses de Inverno a hibernar na forma de lagarta, apenas voltando a alimentar-se quando chegarem os dias mais quentes.
O principal objetivo de uma borboleta adulta é a reprodução. Na maturidade sexual os machos procuram as fêmeas e produzem uma espécie de perfume que as excita. No acasalamento, o esperma masculino é transferido para um saco lateral, dentro do abdome da fêmea. A fecundação só acontece no momento da oviposição, quando a borboleta fêmea comprime a bolsa com o esperma.
Na natureza, de cem ovos, apenas dois conseguem se transformarem efetivamente
ETAPAS DA METAMORFOSE
As borboletas atravessam quatro fases de transformação: o ovo, a lagarta, a pupa e, finalmente, o imago, que é a borboleta adulta.
A fêmea fecundada procura a planta hospedeira para fazer a oviposição, isto é botar os seus ovos.
O ovo é uma estrutura rígida que resiste a variações ambientais e possíveis ataques de predadores.
Em condições ambientais satisfatórias, os ovos eclodem em média em 12 dias, dando origem às larvas.
Para evitar os predadores, elas permanecem imóveis durante o dia, para se camuflarem e mimetizarem com o ambiente, outros possuem espinhos ou pêlos urticantes.
As lagartas trocam de pele, ou casca, de quatro a oito vezes. Depois de várias transformações, elas se imobilizam e, trocando de pele mais uma vez, fixam-se de cabeça para baixo num tufo de seda com cola. Transformam-se, assim,
Em alguns dias, as borboletas nascem rompendo a camada da pupa. Durante o seu vôo inicial, elas se desfazem dos excrementos acumulados no intestino. Na maioria das vezes, o macho já esta a espera para o acasalamento.
A vida das borboletas é muito curta. Em média, elas vivem duas semanas. Excepcionalmente podem viver por um ano.
Importância ecológica
A borboleta é um importante agente polinizador. Se extintas, haveria prejuízos para a flora (prejuízos iniciais) e fauna (prejuízos consequentes). E por ter apenas a reprodução sexuada possui a variabilidade genética do animal.
Curiosidades sobre as borboletas
A borboleta é um animal pequeno e delicado, elas podem ter o peso mínimo de
Especies Observadas
Borboletas
Descrição
A
Biologia
As lagartas nascem a partir dos ovos colocados isoladamente ou em pequenos grupos. Alimentam-se preferencialmente de Umbelíferas selvagens ou cultivadas, especialmente (Ruta chalepensis) e funcho (Foeniculum vulgare). No estado de crisálida esta é uma espécie hibernante. A forma adulta vê-se de Fevereiro a Dezembro até aos
Conservação
Para que as populações de Papilio machaon se mantenham estáveis, é necessário manter os bordos dos campos de cultivo e os prados abandonados, onde crescem o funcho e outras Umbelíferas. A implementação de culturas para a fauna, poderia ser uma boa estratégia de manutenção do actual número de indivíduos. O uso de pesticidas em plantações de cenouras pode influenciar negativamente populações que tendam a aproveitar este recurso facultado pelo Homem.
---Vanessa cardui
BIOLOGIA:
SITUAÇÃO NA EUROPA:
É migradora.
SITUAÇÃO EM PORTUGAL:
A espécie comum, sendo as criações locais reforçadas por indivíduos. Migrantes, provenientes de África.
CONSERVAÇÃO:
Manter os cardais.
---Maniola jurtina
Distribuição:
Em Portugal aparece em todo o território.
Descrição geral:
A Maniola jurtina é diurna, pertence à família Nymphalidae, o seu nome comum é loba, os machos são mais activos que as fêmeas.
Biologia:
Existem duas gerações, a postura é feita sobre gramíneas secas (Brachypodium phoenicoides, Elymus repens, Poa trivialis e Stipa tenacíssima) a lagarta alimenta-se de dia até à última muda, passando então a ser nocturna.
Tabela de voo:
Plantas hospedeiras:
A Maniola jurtina é uma borboleta encontrada em prados europeus, onde as suas larvas se alimentam de gramíneas, como a Festuca ovina.
---Coenonympha pamphilus
A Coenonympha pamphilus é uma das borboletas mais pequenas e comuns de Portugal.
Erva-burra (Cynosurus cristatus), a erva das galinhas (Poa annua)
---Gonepteryx cleópatra
Em Portugal aparece em praticamente todo o país.
Habitat:
Habitam em matas e bosques claros onde abunde o aderno.
Tabela de voo:
O período de voo é de Março a Agosto.
Biologia:
Existem duas gerações. O adulto hiberna em árvores e arbustos. As lagartas alimentam-se de aderno (Rhamnus alaternus).
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terça-feira, 27 de abril de 2010
Morfologia da Borboleta
---> Crisálida
--->Lagarta
--->Patas
--->Antenas
--->Cabeça.
Morfologia
As borboletas pertencem ao grupo dos insectos. Este grupo caracteriza-se por ter um par de antenas, três pares de patas e o corpo segmentado em três partes: cabeça, tórax e abdómen.
Na cabeça inserem-se os orgãos sensoriais como os olhos, as antenas, os palpos labiais e a espirotromba (tupo flexivel e enrolável que lhes permite sorverem o néctar das plantas).
O tórax é a zona do corpo onde se inserem as quatro asas e as seis patas.
O abdómen é a região do corpo que acolhe importantes orgãos internos.
A principal característica que permite distinguir as borboletas diurnas das nocturnas é a forma das antenas. Nas diurnas são quase sempre em forma de clava e nas nocturnas são filiformes ou pectinadas. Outra característica é a inexistência do frenulum (fio que une a asa anterior e a posterior) nas borboletas diurnas.
No que respeita à diferenciação entre macho e fêmea, também nem sempre é possivel fazer com clareza a distinção. Normalmente os machos são mais atraentes e apresentam androcónios, zonas nas asas por onde são libertadas as ferhormonas para atrair as fêmeas. No entanto espécies como a Cleopatra não deixam qualquer dúvida, uma vez que os machos apresentam duas grandes manchas laranjas que as fêmeas não possuem.
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